terça-feira, 3 de agosto de 2010

Árvore Azul


Loucura é o estado de quem é louco. É o desarranjo mental que, sem a pessoa afetada estar ciente do seu estado, lhe modifica profundamente o comportamento e torna-a irresponsável; demência; psicose. E é ainda o ato próprio de louco.

Eu não sou louca, não tenho nenhuma doença mental e gosto de árvores azuis. Árvores azuis não existem. Mas nem por isso elas são loucura, elas são imaginação. São uma criação da mente humana, não um ato de loucura. Também gosto de amores incondicionais. Mas nem por isso, amar incondicionalmente é uma loucura, embora muitos digam que seja.

Loucura pra você é o que? É aquela pessoa que ama incondicionalmente ou aquela que acredita que fadas moram em árvores azuis? Nada disso é loucura de acordo com os estudos da palavra e com os estudos médicos. As pessoas são livres para escolher no que vão acreditar se elas não interferirem na mente de outra pessoa. E, infelizmente, são livres para atribuir às palavras o significado que elas quiserem também. Essa liberdade que me incomoda tanto! Se somos livres para acreditar e fazer escolhas devemos ser respeitados por nossas mentes férteis. Não devemos ser chamados de loucos ou insanos. São escolhas.

E a pessoa que tirou zero numa prova ou que amou sem ser amado não é burra ou retardada. É uma pessoa que fez sua escolha de não estudar naquele momento. Burrice é persistir no erro e retardado é aquele que tem um retardo mental.

A menina que não se arruma muito bem não é feia. As loiras não são lerdas e burras. Sei muito bem que (quase) toda menina que quer pode se arrumar e ser bonita e que existem muitas morenas que tiram notas muito mais baixas que as loirinhas! Nem toda menina que pensa em sexo é piriguete e nem todo menino que não é virgem é garanhão. Sexo é a vontade natural do ser humano e a "piriguete" pode estar com vontade ou o "garanhão" pode ter perdido a virgindade por pressão.

É nesse mundo que perdeu todos os valores que encontramos a árvore azul que eu falei. A árvore azul é uma ficção, uma coisa inventada. Mas eu consigo visualizá-la como uma palavra qualquer, por exemplo, louco. A palavra louco é o tronco e os galhos são os vários significados, verdadeiros ou não, que encontramos para essa palavra. Na parte baixa da árvore estão os significados de mentira, que são mais fáceis de atingir e que são os mais errados. Lá no alto estão os significados verdadeiros, os que nós devemos aceitar. Mas as pessoas procuram os mais fáceis na árvore azul e sempre acabam chamando os outro de louco quando queriam dizer que não concordam com algo.

Acho que todos nós devemos buscar os significados corretos das palavras para não ofendermos as pessoas. Não vamos confundir as palavras, vamos pensar antes de xingar ou de falar com alguém. Palavras erradas não se tornam corretas depois. Quem sabe começando pelas palavras não resgatamos os valores perdidos no nosso mundo?

Beijos, não me chamem de louca e me contem quais "árvores azuis" vocês já criaram nas suas cabecinhas ;*

Escrito por: Luiza Metzker

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